Clássico de literatura estadunidense e mundial, A casa da alegria retrata, atravez da história de Lily, a subjetividade feminina, o empoderamento e da própria construção do que é ser mulher no início do século XX.
O romance A casa da alegria é ambientado na Nova York do início do século XX, revelando a alta sociedade norte-americana e seus hábitos, desejos, segredos e ostentações. Em meio a essa realidade, encontra-se Lily Bart, uma jovem linda e bem educada que se vê desamparada financeiramente após a morte de seus pais. Ela é, então, acolhida pela tia, a única parente que se dispõe a ajudá-la, e passa a fazer o possível para se manter entre os grandes figurões da sociedade, embora suas condições não permitam que mantenha seus luxos.
Lily Bart, com sua personalidade afiada e um talento especial para ler as pessoas, vai se mantendo entre os ricos como uma espécie de bibelô, sendo convidada para festas, eventos, temporadas no campo e até viagens. Seu objetivo é, conforme sua criação lhe ensinou, encontrar um marido que possa arcar com seus luxos, e assim levar uma vida confortável, porém sem abdicar de sua felicidade. No entanto, sua idade já é considerada avançada para o casamento e suas condições de vida não passam despercebidas pelo seu grupo de amigos.
O romance representa as diversas restrições impostas às mulheres na sociedade, desde econômicas até morais. A protagonista Lily, em diversos momentos, se depara com a impossibilidade de ser tratada como igual pelos homens, em especial na área de negócios, e vê sua reputação arruinada por cometer atitudes simples como passear ou viajar sozinha na companhia de um homem. A casa da alegria apresenta as artimanhas que os homens podem construir, baseados na sua posição de poder, além das complexas relações de amizades por parte das mulheres, que, por vezes fragilizadas pela estrutura social de competição, podem cair na armadilha de tornassem inimigas.
Edith Wharton apresenta nesta sua obra-prima um pouco de sua vivência pessoal em meio à alta sociedade nova-iorquina e ilumina diversas críticas sociais, como o papel imposto à mulher na sociedade, a educação das mulheres voltada apenas para os objetivos matrimoniais e a desigualdade no tratamento entre os dois sexos. Lily Bart é uma protagonista forte e inesquecível, para ser amada e odiada, mas, acima de tudo, compreendida.
"Edith Wharton (1862-1937) foi uma escritora de romances e contos nascida em Nova York. Foi a primeira mulher a receber o Prêmio Pulitzer de Ficção, em 1921, pelo romance A era da inocência, e também a primeira mulher a receber o título de doutora honoris causa pela Universidade de Yale. Vinda de uma família nobre, foi com o romance A casa da alegria que conseguiu agradar o grande público. Em quarenta anos, Wharton escreveu mais de quarenta livros de assuntos diversos, como arquitetura, design e viagens.
Edith Wharthon nasceu em 1862, em Nova York, Estados Unidos. Foi escritora com vasta obra, incluindo romances, contos, poesia e narrativas de viagem. Parte de uma família aristocrata, tratou em seus escritos de forma crítica dos valores e convenções da alta sociedade nova-iorquina. Após seu divórcio, no início dos anos 1910, mudou-se para França, onde viveu até o fim da vida, em 1937. Com "A idade da inocência", livro lançado em 1920, ganhou o Prêmio Pulitzer de ficção, sendo a primeira mulher a receber a premiação. A obra foi adaptada para o cinema por Martin Scorsese, em 1993. |
Julia Romeu é tradutora literária há mais de quinze anos, tendo traduzido obras de autoras como Jane Austen, Charlotte Brontë e Louisa May Alcott. É doutoranda em Literaturas de Língua Inglesa pela UERJ. Escreveu, em parceria com Heloisa Seixas, os musicais Era no tempo do rei, com músicas de Aldir Blanc e Carlos Lyra e Bilac vê estrelas, com músicas de Nei Lopes. As duas também escreveram juntas Carmen: A grande Pequena Notável, biografia de Carmen Miranda com ilustrações de Graça Lima que ganhou o Prêmio FNLIJ 2015 de Melhor Livro Informativo. |
ISBN | 9786558470014 |
Autores | Wharton, Edith (Autor) ; Romeu, Julia (Tradutor) |
Editora | José Olympio |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2021 |
Páginas | 406 |
Acabamento | Brochura |
Dimensões | 23,00 X 15,50 |
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