Democracia (1866–1869)

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«Democracia» faz parte das Obras Completas de Luiz Gama, advogado negro e abolicionista, a serem lançadas em dez volumes com cerca de 800 escritos de Gama — 600 inéditos —, revelando as diversas facetas e estilos empregados pelo escritor para advogar pela grande causa de toda sua vida: a abolição da escravidão e a emancipação negra. Grande parte dos textos ficou esquecida por quase dois séculos após suas publicações em jornais da época e foi recuperada pelo pesquisador Bruno Rodrigues de Lima, que passou nove anos localizando-os em arquivos da imprensa e do judiciário de todo o país.Os textos e artigos incluídos em «Democracia» foram publicados originalmente entre os anos de 1866 e 1869. Nesses artigos, Luiz Gama se manifesta publicamente sobre educação, política e direitos universais. Lançando mão de uma estratégia autoral ousada, que incluía o uso de pseudônimos, Gama defende abertamente o direito à educação universal e as obrigações do Estado em garantir um ensino público de qualidade em todos os níveis como os fundamentos da vida democrática. Ao incluir a palavra “democracia” na agenda pública, ainda sob a política da escravidão do Império do Brasil, Gama o faz, pela primeira vez, escrevendo sistematicamente em primeira pessoa e sem utilizar pseudônimos. Os temas da democracia e do direito à liberdade tornam-se então fundamentais em sua obra.
Sobre os autores(as)

Gama, Luiz

Advogado, jurista, poeta, jornalista, Luiz Gonzaga Pinto da Gama se tornou símbolo do movimento abolicionista e da luta contra a escravidão no Brasil. Nascido em Salvador, Bahia, em 1830, foi responsável pela libertação de mais de quinhentas pessoas escravizadas. Filho de Luiza Mahin, mulher negra africana da região da Costa da Mina que lutou pela liberdade dos escravizados na Bahia na década de 1830, e de um homem branco herdeiro de uma família rica de ascendência portuguesa — cujo nome até hoje ninguém sabe —, Gama foi vendido pelo próprio pai como escravo. Passou a infância, adolescência e a primeira juventude em cativeiro até conseguir as provas de sua liberdade aos 18 anos.
Trabalhou na área militar e policial e fundou diversos jornais, dentre eles "Diabo Coxo", "O Cabrião", "Democracia" e "Radical Paulistano". Em 1869, obteve licença para advogar. Dali até o fim da vida, pôde representar diversas causas legalmente nos tribunais, dentre elas os milhares de homens, mulheres e crianças negras e pardas, ilegítimas e ilegalmente escravizadas. Mais que um escritório de advocacia, o seu lugar de trabalho era um escritório da liberdade.

Rodrigues De Lima, Bruno

Bruno Rodrigues de Lima, paulistano, é advogado e historiador do Direito, graduado em Direito pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB-Cabula), mestre em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília (UnB) e doutor em História do Direito pela Universidade de Frankfurt, Alemanha, com tese sobre a obra jurídica de Luiz Gama. Em 2022, ganhou o Prêmio Walter Kolb de melhor tese de doutorado da Universidade de Frankfurt. Atualmente, é pesquisador de pós-doutorado no Instituto Max Planck de História do Direito e Teoria do Direito. Pela EDUFBA, publicou o livro "Lama & sangue — Bahia 1926" (2018).
ISBN 9786589705123
Autores Gama, Luiz (Autor) ; Rodrigues De Lima, Bruno (Editor)
Editora Hedra
Coleção/Serie Metabiblioteca
Idioma Português
Edição 1
Ano de edição 2021
Páginas 506
Acabamento Brochura
Dimensões 21,00 X 13,30

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