Com prefácio do escritor Geovani Martins e posfácio da tradutora Flora Thomson-DeVeaux, esta edição do clássico Memórias Póstumas de Brás Cubas nos oferece um cruel retrato da mentalidade da elite brasileira do século XIX que ainda perdura no presente.
Publicado em 1881, Memórias póstumas de Brás Cubas surpreendeu a sua época com as lembranças fragmentárias de um improvável narrador defunto que, depois de morto, decide celebrar o grande fracasso que foi a sua vida. Assim, encaramos na obra, como afirma Geovani Martins, a figura deste herdeiro como um "fracassado de sucesso", cujos privilégios, mesmo com sua escancarada mediocridade, se mantêm às custas da exploração dos outros. Não à toa, essa mesma mentalidade senhorial retratada ressoa nos gritos de protesto das elites que esbravejaram contra a garantia de direitos às trabalhadoras domésticas no século XXI.
Marco definitivo na cultura brasileira, a obra cada vez mais se firma como um clássico da literatura ocidental, fascinando leitores estrangeiros, como aborda Flora Thomson-DeVeaux, tradutora do livro para o inglês, levando-nos a refletir sobre o duradouro legado de nossa miséria.
* Leitura obrigatória do vestibular da UFGD.
JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS nasceu em 1839, no Rio de Janeiro. Publicou seu primeiro livro de poesias, Crisálidas, em 1864. Ao longo da década de 1870, publicaria Ressurreição, A mão e a luva, Helena e Iaiá Garcia. Memórias póstumas de Brás Cubas foi publicado em 1881. Papéis avulsos, de 1882, foi sua primeira coletânea de contos dessa fase realista. Em 1899, publicou Dom Casmurro. Escreveu mais de quatrocentas crônicas para o periódico Gazeta de Notícias. Em 1897, foi eleito presidente da Academia Brasileira de Letras, instituição que ajudara a fundar no ano anterior. Morreu em 1908. |
Rafael Nobre é designer gráfico e ilustrador com mais de 10 anos de experiência. É formado em design gráfico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Desenvolve atualmente em seu estúdio, projetos de design para livros e ilustração para o mercado editorial e publicitário.Seu trabalho já foi premiado pelo Brasil Design Award, selecionado para Bienal de Design Gráfico da ADG, finalista do prêmio de melhor capa de livro Jabuti, premiado e finalista no prêmio Melhor Capa de livro Getty Images Brasil e recebeu o selo Altamente recomendável/FNLIJ.Trabalhou no Grupo Editorial Record (2006) no setor de design, onde desenvolveu seus primeiros projetos de capa de livro, peças promocionais e ilustração. Trabalhou como freelancer de 2007-2012.Foi cofundador e sócio da produtora e editora Babilonia Cultura Editorial (2012-2017) onde produziu e criou workshops de capacitação do mercado editorial, projetos autorais de livros e eventos culturais, além de serviços de branding, design e conteúdo. |
GEOVANI MARTINS nasceu em 1991, em Bangu, no Rio de Janeiro. Trabalhou como “homem-placa”, atendente de lanchonete e de barraca de praia. Em 2013 e 2015, participou das oficinas da Festa Literária das Periferias, a Flup. Publicou alguns de seus contos na revista Setor X e foi convidado duas vezes para a programação paralela da Flip. Seu primeiro livro, a coletânea de contos O sol na cabeça (Companhia das Letras, 2018), está sendo adaptado como série e ganhou edições em dez territórios, por casas prestigiosas como Farrar, Straus and Giroux, Faber & Faber, Gallimard, Suhrkamp e Mondadori. |
ISBN | 9786584952058 |
Autores | Assis, Machado De (Autor) ; Nobre, Rafael (Design) ; Martins, Geovani (Prefácio) ; Thomson-Deveaux, Flora (Posfácio) |
Editora | Jorge Zahar Editor |
Idioma | Português |
Edição | 1 |
Ano de edição | 2023 |
Páginas | 424 |
Acabamento | Capa Dura |
Dimensões | 17,60 X 12,60 |
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