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Lançado em 1918, Urupês foi a estreia de Monteiro Lobato como autor e já trouxe toda a sua modernidade, revolucionando a escrita na forma e no conteúdo. São 13 contos e um artigo que revelam um Brasil rural abandonado à própria sorte. No texto que dá nome ao livro, aparece o icônico Jeca Tatu, personificação do caipira ignorante, transformado em símbolo do atraso social. As histórias são construídas com as falas dos caboclos. Mostram a insistência do escritor em criar atalhos para despertar o prazer da leitura em um povo até então apartado dos livros. '' Vibrante, expressivo nas comparações vegetais, independente, cria neologismos, inventa construções inéditas, e para ideias novas aplica termos novos. Pode-se dizer que ele sacode a velha árvore da língua e, ao agitar, da fronte caem os frutos secos, vigorizam-se os novos e repontam outros. '' Um dos principais títulos da literatura brasileira, Urupês é uma coletânea de histórias que retratam, em sua maioria, o embotamento do homem do campo, marcado pela miséria e abandono nas primeiras décadas do século XX. O último capítulo dá nome ao livro e nele aparece o que se tornou um dos mais importantes personagens do autor: Jeca Tatu, caboclo escrito como indolente, ignorante, " o sombrio urupê de pau podre a modorrar silencioso no recesso das grotas" , referindo-se a um fungo que cresce sobre troncos de árvores. Agressivo nos termos, Lobato não hesitou em usar a escrita para despertar a consciência de um Brasil adormecido. " Em Urupês, surge um escritor brasileiro de um novo tipo, quer pelas atitudes de crítico social, quer pela expressão, pela frase, pela forma, pela retórica: sua argumentação e sua persuasão através das palavras que sugerem gestos", definiu Gilberto Freyre.
Sobre o autor(a)

Lobato, Monteiro

Um século nos separa do Monteiro Lobato escritor, tradutor, editor e ativista.
Nascido em 1882, o menino cresceu entre os livros da imensa biblioteca do avô, instalada no sítio da família em Taubaté, no interior de São Paulo.
E foi assim que ele moldou a essência de sua produção literária e de seu pensamento, nitidamente marcado por uma encruzilhada: de um lado, a memória afetiva da vida interiorana; de outro a necessidade de construir um país cosmopolita.
Essa é a chave que identificamos em suas obras.
Na modernidade de Lobato, livro era objeto de consumo, demandava profissionalização e infraestrutura para disseminar a leitura pelo Brasil.
Não por acaso, em suas histórias os livros são personagens constantes - quase um pó de pirlimpimpim a levar para outros mundos.
Lobato foi revolucionário. Até a menina do Nariz Arrebitado (1920), contavam -se nos dedos de uma mão os autores brasileiros no gênero.
Nossa literatura infantil praticamente nasce com ele, em sintonia com o projeto de libertar o atraso de um país que devia ser feito com os “homens e livros” de sua frase famosa.
ISBN 9788581863603
Autor(a) Lobato, Monteiro (Autor)
Editora Editora Escala
Coleção/Serie Coleção Monteiro Lobato
Idioma Português
Edição 1
Ano de edição 2019
Páginas 160
Acabamento Brochura
Dimensões 22,00 X 16,00
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